Conhecendo a CS3D: Diretiva de Devida Diligência de Sustentabilidade Corporativa

Se tu trabalhas com o Mercado Europeu, saiba que a Devida Diligência bate à porta! Aprovada em 13/6/2024, pela União Europeia, objetiva fortalecer normas de sustentabilidade e responsabilidade social no ambiente empresarial global.

A partir do aumento das inquietações com as questões ambientais, sociais e de governança (ESG) a diretiva pretende implementar padrões mais rígidos para que as empresas produzam de maneira mais sustentável, ética e transparente.

Ela, por efeito cascata, atingirá tua organização de maneira direta ou indireta. Isso significa que para exportar tua produção será necessário aplicar as ferramentas ESG na cultura da tua empresa. Como isso acontecerá? Por exemplo, tu és um produtor de carne. Para continuar exportando teu produto os animais não poderão se alimentar em áreas de desmatamento ilegal, o abate deverá causar menos sofrimento e estresse ao animal, não poderá haver desrespeito aos direitos humanos dos colaboradores, os biomas terão de ser preservados, e assim por diante. Caso contrário, teu produto não será aceito pelos países que fazem parte da União Europeia.

Considerando que este movimento inicia na Europa, em pouco tempo ele se estenderá para outros países e/ou continentes. A implementação começará em 2027 e, até 2029, estará vigente em todos os países da União. Suas subsidiárias no continente europeu ou em outros países também terão de cumpri-las. Isso diz que, se tu forneces algum produto que é utilizado pela subsidiária ou exporta diretamente para a matriz, tu terás que seguir as mesmas especificações.

Perceba que deves começar a transformação na tua organização imediatamente. Um bom início é conhecer, implementar e praticar, no teu negócio, a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998); a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010); Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018) brasileiras. Elas estão em sintonia com a diretiva e, além disto, podem facilitar parcerias e negócios. Empresas iguais a Zara, Dell; Google; Ford; Adidas, Carrefour, Boticário; Gerdau; Renner, já praticantes das ferramentas ESG, buscam parcerias com fornecedores que implementaram o ESG na cultura organizacional.

 Algumas mudanças necessárias estão exemplificadas a seguir.

  • Revisão dos processos produtivos para garantir a exigência dos padrões ambientais da Diretiva;
  • Adoção de tecnologias mais sustentáveis;
  • Revisão de suas fontes de matérias-primas;
  • Garantir que toda a sua cadeia de suprimentos esteja em conformidade com as normas de devida diligência;
  • Auditorias mais rigorosas e parcerias com fornecedores comprometidos com práticas sustentáveis.
  • Melhora das suas práticas de governança, incluindo relatórios mais detalhados sobre suas operações e impactos sociais e ambientais;
  • Investimentos em sustentabilidade;
  • Atualização de infraestruturas;
  • Treinamento de funcionários em práticas sustentáveis.

Ao implementar as práticas ESG as empresas brasileiras se tornarão mais competitivas na União Europeia e, entendo, no mercado mundial. ESG não é modismo e menos ainda passageiro.  Para sua empresa ser forte em imagem, reputação, competitividade, este é o único caminho. Ressalto que as organizações precisam entender que os resultados são de longo prazo, mas garantirão a perenidade da organização.

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