Nos últimos anos temos nos deparado com alguns conceitos que objetivam expressar e definir a pluralidade de identidades de gênero que existem na nossa cultura. Isso nos convida a refletir NÃO a respeito de “novas criações de individualidades”, pelo contrário; elas vieram à tona a partir de identificações que SEMPRE EXISTIRAM, mas que por questões políticas, de poder e de domínio por tempos foram silenciadas, escondidas, negadas.
Dois exemplos atuais são os conceitos de pessoas “cis” e pessoas “trans”. Nesse post me debruçarei sobre a concepção “cisgênero”, também denominada : pessoa cis. O termo está diretamente vinculado ao gênero biológico que o indivíduo possui. Essa pessoa se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu no que tange sua imagem corporal e psíquica.
Essa pessoa é “cisgênero” ou uma pessoa cis. Isso também é válido para quem possui pênis ou é intersexual. Ressalto que “cis” é uma identidade ligada ao sexo biológico. A definição não está condicionada a ORIENTAÇÃO SEXUAL da pessoa, que é para quem o seu desejo se orienta e nem para a IDENTIDADE DE GÊNERO; que é o gênero que a pessoa se autodefine, se reconhece, compreende a si mesma.
Exemplificando: há homens, mulheres e intersexuais cis que podem ter identidades de gênero heterossexuais, gays, pansexuais, bissexuais, assexuais (LGBTQIA+…) e por orientação sexual há uma vasta e infinita possibilidade de satisfazer seus desejos e obter seu prazer.